quarta-feira, setembro 22, 2010

HQ | Magneto: Testamento


Uma HQ lançada no meio deste ano aqui no Brasil foi a ótima edição especial de Magneto: Testamento de Greg Pak (roteiro), Carmine Di Giandomenico (arte) e Matt Hollingsworth (cores). É uma história marcante sobre a juventude de um dos maiores “vilões” de todos os tempos. Coloco “vilões” entre aspas, porque não considero o Magneto um vilão em si, mas alguém que busca uma forma de auto-preservação meio deturpado. É, eu sei, isso parece uma descrição de “vilão”, mas de alguma forma não consigo vê-lo com estes olhos.
Enfim, o jovem Magneto é um judeu alemão e que presencia o inicio e o auge do nazismo, assim como a Segunda Guerra, saindo dela como o único sobrevivente de sua família. Se você pensa que vai encontrar nestas páginas lindamente ilustradas uma história sobre um jovem descobrindo seus poderes, pode tirar seu cavalinho da chuva. São poucas as passagens que podemos presenciar qualquer manifestação dos poderes do jovem Max Eisenhardt (verdadeiro nome de Erik Lehnsherr, o futuro Magneto).


É uma história emocionante do ponto de vista de um jovem sobre o holocausto. Creio que o objetivo não tenha sido revelar o passado do inimigo dos X-Men, mas sim trazer à nossa geração as lembranças e o conhecimento do que foram aqueles terríveis acontecimentos.

É através desta história que entendemos de onde surgem os instintos de sobrevivência do excluído presente no já adulto Magneto. Eu não sou uma expert em X-Men, mas ainda assim, considero esta HQ brilhante e a recomendo para todos que gostam de uma história mais dramática.


2 comentários:

  1. Apesar do Livro ser meu, ainda não o li.

    "Vilão", mas com afinco moral!
    Penso que esteja certa sobre "vilão", mas não posso dizer muito pois sou fã de icones subversivos e barbáries da História, sejam reais ou não (alexande, napoleão, hitler, V e magneto), elas são sempre a luta de alguém, e tudo é válido, para mim, desde que tenha um motivo.

    Só para me defender, antes que alguem me acuse, lembrem-se que só não idolatramos estes homens por que eles não venceram, caso contrário teriamos nascido no povo deles, nas terras deles, na cultura deles. Peço apenas que ponderem bem, que a grandiosidade de um Homem não deve ser medida por sua sorte ou revez do destino, ou seja, pelos os fim ou meios que se deram, não é pelo que luta ou como o faz, mas por aquilo que falou e realmente fez, sejam atos heroicos ou barbaros, pela paixão que os moveu e pelo simples fato de terem feito. Eles cumpriram suas metas.

    Deixe que os critiquem os outros que cumprirem as suas próprias!

    ResponderExcluir
  2. Eita, filósofo!
    Enfim..se é do Rod o livro, depois eu quero emprestado, tá!
    Mas entrando em mérito de Vilão, simplificadamente concordo com o Rodrigo... Geralmente eles lutam por algo que acreditem ser verdadeiro, e essa paixão que se move dentro deles os levam a cometer os atos de "valores deturpados" aos olhos dos valores da sociedade. Os heróis chamados bonzinhos, são a mesma coisa, só que dentro dos valores da sociedade vigente. Se os pontos de vista fossem invertidos, assim também seriam os papéis.
    É tudo uma questão de perspectiva e objetivo. O vilão, assim como o herói, lutam pelo que acham certo.
    Fui meio redundante, mas acho que o ponto de vista foi explícito.
    Beijos

    ResponderExcluir