quinta-feira, setembro 09, 2010

Filme | Karate Kid: Nostalgia


Esta semana fui mais uma vez ao cinema, desta vez em família para tentar reviver o espírito infantil que a refilmagem de KarateKid poderia trazer. Para quem teve a sorte de ter sua infância marcada pelo Senhor Miyagi e seu aprendiz, Daniel-san, consegue entender a euforia que esta nova filmagem estrelada por Jackie Chan e Jaden Smith, trouxe ao meu coração.

Eu não esperava um filme tão bom. Principalmente por ser claramente um filme nepotista realizado apenas para impulsionar a carreira do pequeno Smith. Mas a verdade é que o rapazinho tem talento. Ele soube trazer a essência do Daniel-san (Ralph Macchio) de volta na pele de Dre Parker. Chan também ficou perfeito no papel de Senhor Han, com o mesmo espírito dramático e misterioso que Pat Morita deu ao Senhor Miyagi.
Algo que realmente me surpreendeu foram as cenas de luta incrivelmente coreografadas, com a perfeição que faltou (e muito) em O Último Mestre do Ar. A troca do local (dos EUA para a China) mostra claramente a visão capitalista norte-americana, colocando seu atual rival como um país extremamente preconceituoso e rígido (não que eles não sejam, mas o problema está em colocar o americano como o herói disto tudo). Ainda bem que no final os chininhas se redimem (Ops! Spoiler!). Mas muito (ou quase tudo) do filme original de 1984 se mantêm. A perna quebrada, a menina que o herói se apaixona, a tragédia no passado do mestre (cena na qual eu chorei!) e até mesmo o super-golpe-mega-difícil que o herói aplica na última batalha (neste caso o taolu da garça é substituído pelo da cobra)

Provavelmente as crianças que assistem hoje a este filme não compreenderão o brilho nos olhos dos adultos a seu lado, pois nós somos de uma época onde lutar por seus ideais era mais belo e utópico, sem qualquer facilidade, ainda que virtual, que a internet traz.


6 comentários:

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  2. Hoje na faculdade tiveram o despeito de dizer que era um filme 'tão sessão da tarde' sem nem ter dado uma chance.
    As pessoas não entendem que, sessão da tarde, pode ser tão bom quanto um Kubick, um Almodovar, da vida. Cada um tem o seu valor.
    Não saber reconhecer isso é super limitado.
    Tá vendo, vocês ficam me zoando de cult. Humf.

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  3. Depois desse post decide que vou ver mesmo o filme rs. Tava animada, mas me falaram que era sem graça. Só vendo mesmo p saber.
    Beijos, Sú!

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  4. Nossa, que legal... semanas atrás eu assisti na tv o Karate Kid antigo, engraçado como lembrava de praticamente todas as cenas... esse filme realmente foi muito marcante, era muito engraçado ver o Daniel trabalhando, sem parecer que tinha algum sentido e depois lutar Karate como ninguém! hah

    BjS

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  5. Olha, vou te falar como fã louca varrida de Karatê Kid, eu que assisti aos 3 filmes mais de cinco vezes e Daniel San foi meu primeiro amor platônico: Comecei a assistir ao filme com um preconceito sem igual por vários motivos(o que já é de se imaginar devido ao meu fanatismo), o primeiro deles foi "Mas como assim, Karatê Kid de novo?? Tá louco?? É que nem tentar recriar o primeiro filme do poderoso chefão! O que já foi eternizado, não se refaz porque já foi bem feito!" De fato continuo com esse pensamento. O filme é bom, o Smith Jr é talentoso e do Jack Chan sempre fui fã, mas a cada cena LITERALMENTE IGUAL AO FILME eu me revoltava e batia no meu namorado(tadinho). O filme obviamente não é ruim porque foi uma cópia fiel do original, mas foi de uma falta de criatividade sem igual! FATO!
    Só nao fiquei mais bolada com o filme porque o paraibinha nao deu o golpe da garça! Senão era capaz de eu processar Hollywood! Ah! sem falar tb que eles nem mantiveram a mentira de que oq ele aprendia era Karate! Caras de pau! Hollywood que aguarde! ¬¬''(acho q vou escrever no blog sobre isso! uasuhasuh)

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  6. Concordo com a Suka...
    A Natha tá certa, cada filme com sua mensagem!!!
    E a Raquel, é excessiva!!!
    O que eu achei melhor foi a cena da fonte da vitória do Kung-Fu!!! O mulequinho manda tão bem quanto seu pai em The fresh Prince of Bellair (um maluco no pedaço) e em MIB... e o JChan foi cômico em sua atuação (como é comum), vagaroso em sua sequencias de golpes (ficaram lindas as series), e muito sensível em sua dor... não pensei que ele pudesse representar tão bem em uma situação como aquela!!!
    Vale apena ver sim, e o Golpe da serpente, se fosse só ele, já teria valido o ingresso!

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