Anime | Rebuild of Evangelion: 2.0 You are (not) advence

Finalmente algo novo para contar. Sei que estou meio atrasada, mas só na semana passada é que fui ver o segundo filme da nova série de Evangelion (e ainda não comprei o DVD do primeiro). Bem, vou tentar colocar aqui o que achei do filme, que tem um pouco mais de 1h50min, mas sem dar muitos spoilers.

Antes vou falar um pouco do primeiro Rebuild (You are (not) alone). É um ótimo filme, com poucas mudanças comparado com os primeiros episódios da série original. As imagens são melhores, os personagens, os mesmos e a história quase não sofre alterações. Mas isto não acontece neste segundo filme. Aliás, pouco se reconhece da história original (ok! Estou exagerando um pouco), mas a verdade é que tudo é diferente. Começando com a introdução de uma personagem nova e misteriosa chamada Mari. No final do filme, não fica bem certo quem é ela e para quem trabalha.

A história se desenvolve de forma mais ágil (claro, até porque é um filme e não uma série de 26 episódios), porém isto tem seus prós e contras. A rapidez deixa tudo mais atrativo de um certo modo. É como se você estivesse imerso em algo real, deixa tudo mais frenético e emocionante. Mas...

Não há tempo para se desenvolver cada personagem. Suas histórias e dramas (que vamos concordar, é uma das melhores partes de Evangelion) simplesmente não foram exploradas. Onde foram parar os dramas psicológicos? A vida pré-piloto? Nada disto existe neste filme. Outro ponto negativo: a Asuka quase não aparece! Ela é uma das personagens mais fodas (claro, na minha opinião), e sua presença fica consumida por, primeiro, egocentrismo, incapacidade e, por fim, tragédia! Ela, como outros personagens, tem muitas faces e características para serem exploradas. Foi muito triste ver minha personagem preferida ser esgotada em poucas cenas. E vocês acreditam que trocaram até o sobrenome dela?

Enfim, mas nem tudo é ruim como estou fazendo parecer. O filme nos traz uma percepção do Shinji completamente diferente. Ele deixa de ser aquele menininho medroso que todos nós um dia odiamos, para de tornar um cara com o qual nos identificamos por seus medos, seus problemas e sua coragem. Nunca imaginei que veria o Shinji desta forma.

Parando para pensar, os outros personagens quase não apareceram. A Doutora Ritsuko e a Misato também eram apaenas coadjuvantes. A única que teve um pouquinho mais de destaque foi a Rei. Aliás, ela também sofreu algumas alterações que achei bem pertinentes. Não são mudanças na personalidade, é mais como uma forma de se mostrar, algo como se ficasse mais claro para o espectador como é a Rei.

Por fim, se me alongar mais estarei estragando as emoções pessoais de quem for assistir ao filme. Pelos aspectos visuais, o filme está muito bonito. O design dos Angels foi completamente alterado e dos Eva’s também (mas estes apenas de forma sutil). Outro ponto para o qual vocês devem estar atentos é que o filme tem muitas cenas de ação e, pelo menos ao meu ver, muito mais violentas que a série.

A partir deste filme, se me perguntassem qual eu prefiro, se a série ou os Rebuilds, eu ficaria na dúvida, mas ainda preferiria a série. Os filmes são válidos, é uma história diferente feito a partir das mesmas premissas. E é através deles que podemos voltar ao tempo em que Evangelion preenchia nossos dias com mistérios e questões filosóficas (que meu namorado não leia!!)

Mas veio-me uma dúvida: eu vi em vários lugares os filmes com numerações diferente (1.0, 1.11; 2.0, 2.22) Qual a diferença entre eles? Por que raios estes números todos? Será que alguém pode me explicar?

Enquanto Deus permanecer  em seu céu...